terça-feira, 16 de novembro de 2010

Resenha amadora: "Senna, O Filme"

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http://omelete.com.br/cinema/critica-senna/


“Senna, O Filme”, na realidade é um documentário com cenas gravadas a partir dos arquivos da formula 1, do arquivo pessoal da família Senna e de outros arquivos das emissoras pelo mundo inteiro, dos quais muitas cenas eram inéditas. O filme foi idealizado pela produtora britânica Working Title em 2010, tendo sua estréia primeiro no Japão em outubro de 2010 para depois aterrissar em terras tupiniquins em 8 de novembro de 2010. Este reforça e muito a imagem de um mito, Ayrton Senna. A narração varia entre inglês e português, o principal idioma como se espera de um filme produzido na Inglaterra é o inglês, porém há muitas imagens cedidas pela Rede Globo, como narrações das corridas de Galvão Bueno e Reginaldo Leme, além de entrevistas feitas por emissoras do mundo inteiro em inglês e outras produzidas pela Rede Globo. A única crítica que tenho à fazer do filme foi a péssima legenda branca, que muitas vezes me impossibilitava de entender o que estava acontecendo. A imagem também não é muito boa, já que foi produzido a partir de arquivos anteriores ao ano de 1994, o que não tira a autenticidade da produção, qualidade e o brilhantismo do filme/documentário.

O filme é cheio de depoimentos, principalmente de sua mãe, irmã e de Ron Dennis, diretor-chefe da equipe McLaren de F1, dentre outros companheiros e admiradores de Senna.

Assisti este documentário no feriado de Proclamação da República, dia 15/11/2010 juntamente com meu irmão mais velho que é aficionado por F1. Entrei muito esperançoso para assistir à um grande filme e saí maravilhado, com expectativas excedidas.

Quando Ayrton Senna morreu, tinha apenas 8 anos de idade, mas sua história marcou profundamente minha infância, sempre acompanhava com meu pai as corridas de todo domingo. Não me lembro quando começou essa paixão, mas ela persiste até hoje, porém sem o brilhantismo do começo.

O filme mexeu com meus sentimentos, nele há de tudo, emoções várias, que vão do riso, alegria ao ódio, principalmente quando da perda do título de 1988 de Ayrton Senna, uma baita de covardia arquitetada por Alain Prost que acabou conquistando o campeonato de 1988, mesmo fora de pista no GP de Suzuka, Japão. Demonstra o valor de um herói, garra determinação, um exemplo a ser seguido em um período que a política pouco importava na Formula 1. O valor humano era ressaltado, a vida valia mais do que um título. Foi emocionante ver Senna se preocupando com um colega de oficio que sofrera um acidente à sua frente, Senna teve a sensibilidade de abandonar a prova para socorrê-lo. Triste foi ver o fim de Senna no dia 1º de maio de 1994, uma triste fatalidade para o esporte mundial. Triste também recordar que ele poderia ter voltado para o Padock andando, pois o forte impacto não seria fatal se a peça da suspensão não tivesse acertado sua cabeça.

O filme também me fez recordar de vários detalhes dos quais não me lembrava, por exemplo, aquele último final de semana de Senna, foi um período trágico e esquisito, pois além da morte de Senna no domingo no GP de San Marino, também houve a morte do piloto austríaco Roland Ratzenberger da escuderia da MTV Simtek, no treino classificatório de sábado, além do forte acidente com o iniciante Rubens Barrichello da Jourdan na sexta-feira.

Além de trazer lembranças ocultas da F1, ao sair do cinema também comecei a recordar de várias lembranças pessoais juntamente com meu irmão. Dentre elas, que eu adorava vermelho (e ainda gosto, mas não como na infância), motivo pela qual gostava muito da escuderia Ferrari (ou vice-versa, não sei!), lembro também que meu irmão e eu nos dias de corrida fingíamos jogar vídeo-game, na esperança de comover meu pai para nos comprar um. Lembro que no dia do acidente, brincávamos de vídeo-game, Bruno, meu irmão fingia guiar Senna na época correndo pela Williams, e eu fingia guiar M. Schumacher que corria pela extinta Benetton. Também lembro que este 1º de maio de 1994 foi o último dia em que vi meu avô paterno vivo (que morreria um mês depois), acabamos de assistir a corrida, almoçamos e fomos visitar meu avô, e foi lá que recebemos a notícia do falecimento de Senna. Fatalidade que deixou de luto o país inteiro, e que tirou o brilho e o gosto pela Formula 1, ainda que, persistiamos em assistir. Hoje esse brilho é opaco e sem gosto, por não termos mais um piloto para nos dar a devida alegria.

Veja o trailler:


Em fim, um bom filme para aqueles que adoram formula 1, e principalmente para quem vivenciou o início, o meio e o fim de sua trajetória brilhante, ou pelo menos o fim, como no meu caso.

Fernando Ribeiro.

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